Imagine só… E se fossem colocados painéis solares na lua? Um suprimento quase que ilimitado de eletricidade poderia ser produzido e, então, irradiado para o planeta Terra por um sistema especial de lasers.
Parece loucura? Pois essa ideia surgiu há 50 anos. A revista Science News publicou um artigo, em 1969, falando sobre um projeto apresentado por um grupo de cientistas à Nasa.
A ideia era capturar a energia solar em uma cratera lunar, através de painéis. Segundo a equipe responsável pelo projeto, poderiam ser produzidos de 10 mil a 100 mil megawatts de energia. Para se ter uma noção, uma grande represa hidrelétrica produz cerca de 100 megawatts.
Por conta da inexistência de nuvens no espaço, a captação das células solares seria mais eficiente na Lua do que é na Terra.
Após capturada, a energia seria, então, enviada ao planeta através de raios laser.
Ainda não temos painéis solares na Lua
No entanto, cientistas seguem buscando por maneiras de capturar a energia solar no espaço, para utilizar como energia no Globo terrestre.
Em 2012, um relatório com um possível projeto para energia solar baseada no espaço foi apresentado à Nasa. O satélite SPS-Alpha, mostrado na foto deste artigo, contaria com um cone de células solares, que teria como função recolher a energia. As células, então, converteriam a energia em microondas e, em seguida, transmitiria para a Terra, para ser utilizada como eletricidade.
Para ser lançado, o projeto teria um custo de cerca de US$ 20 bilhões.
Países asiáticos na dianteira
China e Japão também estão buscando por soluções de energia no espaço. A China planeja lançar, até 2025, pequenas estações de energia solar na estratosfera.
O Japão, por sua vez, está de olho em uma espécie de usina solar similar a de um gigawatt. Ela seria capaz de gerar tanta energia quanto uma típica usina nuclear terrestre. O projeto tem previsão de lançamento para a década de 2030.
O Planeta e o consumo de energia
Atualmente, em todo o mundo, 80% da energia solar consumida ainda vem de fontes fósseis, como o petróleo e o carvão. Entretanto, estudos apontam que, até 2030, as energias renováveis representarão 40% do consumo.Sendo que, até 2060, este valor sobe para cerca de 90%.
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