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Setor de energia renovável já emprega mais de 11 milhões de pessoas em todo o mundo

Pelo menos 11 milhões de pessoas em todo o mundo foram empregadas pelo setor de energia renovável em 2018. Em comparação com 2017, o crescimento foi de quase 7%, o que representa 700 mil novos postos de trabalho. Os dados foram divulgados pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). 

Este aumento foi impulsionado pelo crescimento exponencial das instalações fotovoltaicas na geração centralizada e distribuída. É o que garante o mapeamento da última Pesquisa Anual sobre Energia Renovável e Empregos.  

Globalmente falando, a Ásia emprega 60% desse contingente. Assim sendo, o maior crescimento aconteceu em países como Malásia, Tailândia, Vietnã e China, seguidos por Brasil, Estados Unidos, Índia e União Européia. 

O crescimento do setor, segundo a agência, deve inspirar confiança no investimento em fontes de energias renováveis em outros países. Isso ocorre porque, à medida em que as tecnologias evoluem e melhoram, os custos tendem a cair consideravelmente. 

“Cada vez mais, os países prevêem uma indústria doméstica de energia renovável tomando o lugar de indústrias insustentáveis ​​baseadas em fósseis”, destaca o diretor-geral da IRENA, Francesco La Camera. 

Desemprego gerado pela energia renovável é mito 

Ainda segundo La Camera, caso as tecnologias avancem rápido demais, há chances de gerar desempregos nas indústrias de combustíveis fósseis. No entanto, à medida em que o mundo se desloca para a energia renovável, não há o que temer. 

“Absolutamente, isso é uma lenda – um mito cancelado pela realidade”, afirma. “As energias renováveis ​​são boas para empregos e boas para o meio ambiente”, completa o diretor. 

Perspectivas mundiais 

Em reunião sobre o clima realizada em Julho, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou que o mundo vive “uma grave emergência climática, que acontece agora e para todos”. Segundo o chefe das Nações Unidas, “a mudança climática avança ainda mais rapidamente do que o previsto por grandes cientistas, superando os esforços para resolvê-la”. 

De acordo com Guterres, as “soluções existem”. Entretanto, ressalta que, primeiramente, e a nível global, deve-se tributar a poluição, transferindo os impostos para o carbono, não para as pessoas. Além disso, defende o fim dos subsídios para combustíveis fósseis. 

Para o secretário-geral, “o dinheiro dos contribuintes não deve ser usado para aumentar os furacões, espalhar as secas e as ondas de calor e derreter os glaciares”. Guterres propõe, então, que exista espaço  para “uma economia verde, não uma economia cinza”. O que pode ser feito estabelecendo uma infraestrutura que seja inteligente e favorável ao clima. 

Por isso, defende que uma energia sustentável, limpa e acessível seja oferecida aos mais de 800 milhões de pessoas que vivem sem acesso à eletricidade. E a energia solar é uma das áreas que deve contar com investimentos pesados para que isso ocorra. 

Afinal, como ressalta  o diretor-geral da IRENA, “à medida em que a transformação global da energia ganha força, essa dimensão do emprego reforça o aspecto social do desenvolvimento sustentável. Assim, fornece mais uma razão para os países se comprometerem com as energias renováveis”.

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