Smart Cities ou Cidades inteligentes são aquelas cidades que utilizam a tecnologia para promover o bem-estar dos moradores, o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, melhorar a sustentabilidade.
Segundo a união Européia, Smart Cities são sistemas de pessoas interagindo e usando energia, materiais, serviços e financiamento para catalisar o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida. Esses fluxos de interação são considerados inteligentes por fazer uso estratégico de infraestrutura e serviços e de informação e comunicação com planejamento e gestão urbana para dar resposta às necessidades sociais e econômicas da sociedade.
De acordo com o Cities in Motion Index, do IESE Business School na Espanha, 10 dimensões indicam o nível de inteligência de uma cidade: governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, o meio-ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e a economia.
Desenvolvimento Tecnológico
Mas engana-se quem pensa que a única preocupação de uma smart city é o desenvolvimento tecnológico. Essas ações podem acontecer em vários setores como planejamento urbano, habitação social, energia, mobilidade urbana, coleta de lixo, controle da poluição do ar, entre outros. Isso as tornam cidades mais eficientes, automatizadas, sustentáveis e, consequentemente, agradáveis para se viver. É um modo de incorporar as questões importantes para criar uma cidade dinâmica e estrategicamente planejada.
Atualmente, cidades de países emergentes estão investindo bilhões de dólares em produtos e serviços inteligentes para sustentar o crescimento econômico e as demandas materiais da nova classe média. Ao mesmo tempo, países desenvolvidos precisam aprimorar a infraestrutura urbana existente para permanecer competitivos. Na busca por soluções para esse desafio, mais da metade das cidades europeias acima de 100.000 habitantes já possuem ou estão implementando iniciativas para se tornarem de fato Smart Cities.
Mas como as cidades inteligentes são criadas? Existem duas formas: a primeira é investir em cidades planejadas e incluir em seu planejamento prévio tecnologias e ações sustentáveis. A segunda é reavaliar os processos das cidades já existentes e identificar as melhorias que podem ser realizadas de acordo com as necessidades dos moradores e do local.
Existem, inclusive, alguns exemplos de cidades inteligentes no Brasil, que podem surpreender pela criatividade das soluções para uma utilização mais eficiente dos recursos disponíveis, reduzindo o impacto das nossas vidas no meio ambiente por meio da transformação digital.
Governo lança programa de estratégias para cidades inteligentes
Pensando em nivelar as iniciativas em execução nas cidades, estabelecer diretrizes, indicadores padronizados e eixos de atuação para uma Política Nacional para Cidades Inteligentes, o governo federal lançou em julho desse ano, em São Paulo, o Programa Nacional de Estratégias para Cidades Inteligentes Sustentáveis. Ele estabelecerá indicadores e metas e impulsionará soluções para a transformação das cidades brasileiras em cidades inteligentes.
A consolidação desse novo conceito de gestão pública será coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), órgão designado pela Presidência da República para organizar e liderar a Câmara Nacional de Cidades Inteligentes, que será responsável por reunir e congregar os interesses dos demais ministérios e setores representativos da sociedade no que tange o desenvolvimento de Cidades Inteligentes.
Câmara Nacional
O plano começará com a criação da Câmara Nacional de Cidades Inteligentes, com a publicação de um decreto estabelecendo a política nacional para as cidades inteligentes sustentáveis. Ele prevê qual é o conceito para cidades inteligentes, para o Brasil, e algumas questões mais específicas de funcionamento da câmara.